A Stellantis e a empresa Lyten, com sede em Silicon Valley, irão desenvolver aplicações para baterias avançadas de lítio-enxofre para automóveis elétricos, as quais têm a possibilidade de fornecer mais do dobro da densidade energética do que as de iões de lítio. Trata-se de uma solução alternativa à utilização de níquel-manganês-cobalto (materiais mais caros e escassos) com a vantagem de uma significativa redução do peso.

A Lyten é igualmente pioneira no domínio do grafeno tridimensional (3D), tecnologia que permite reduções importantes nas emissões de gases com efeito de estufa – menos 60% face às melhores baterias atuais.

Através da Stellantis Ventures, fundo corporativo de capital de risco do grupo Stellantis, o investimento na Lyten (300 milhões € iniciais) acelerará a comercialização das aplicações Lyten 3D Graphene para a indústria, incluindo a denominada bateria LytCell Lithium-Sulfur EV, além de compósitos mais leves e novos sensores integrados de bordo.

As matérias-primas das baterias de lítio-enxofre podem obter-se na América do Norte e na Europa e a tecnologia tem enorme potencial, podendo tornar-se num elemento-chave para os futuros modelos elétricos em todo o mundo.

«Ficámos impressionados com o potencial desta tecnologia para ajudar a impulsionar uma mobilidade limpa, segura e acessível», diz Carlos Tavares, CEO da Stellantis.

As baterias de lítio-enxofre, assim como os compósitos e as tecnologias de sensores da Lyten (fundada em 2015) estão a ser produzidas, atualmente, em Silicon Valley, no 'campus' de 13.500 metros quadrados da empresa.