A Nissan, em 2001, apresentando o 350Z, designação da 5.ª geração do Z, reintroduziu desportivo compacto na gama, para satisfação dos adeptos da série iniciada no final da década de 1960, com o S30, que conhecemos, na Europa, como Datsun 240Z, 260Z e 280Z. O 370Z encontra-se no mercado europeu desde 2009, com a mudança de nome a remeter-nos para o crescimento da capacidade de 6 cilindros, na comparação com o carro precedente, de 3,5 litros para 3,7. O modelo recebeu atualização em 2013 e, anualmente, beneficia de revisão que melhora os argumentos.
Na edição-2018 do 370Z Nismo, imagem mais contemporânea, consequência (muito) positiva da adoção de meia dúzia de apontamentos, como os puxadores das portas e o para-choques posterior em preto. Complementarmente, na sequência de parceria com a EXEDY, embraiagem nova nas versões com caixa manual de 6 velocidades, como é o caso. Entre as mais-valias, menos esforço no pedal, mais precisão e rapidez no engrenamento das relações, sobretudo nas reduções… No demais, modelo de 2018 igual ao de 2017, 2016, 2015, 2014 ou 2013.
Então, atualização do 370Z, com desenvolvimento na geometria da suspensão traseira, que também ganhou amortecedores e molas novos, para progresso tanto na dinâmica, como no conforto, calcanhar de Aquiles do desportivo nipónico. Os técnicos da Nismo (acrónimo de Nissan Motorsport) também melhoraram a aerodinâmica e a distribuição do peso entre eixos, otimizando a estabilidade, sobretudo, a alta velocidade e a motricidade. Mais: o V6 com 344 cv permite-nos acelerar muito, contando-se com a precisão da direção (fabulosa), a potência da travagem (fenomenal) e a atuação quer do autoblocante, quer da eletrónica para manutenção da ação sob controlo.
A Alpine não tem a dimensão de fabricantes de automóveis como a Nissan, mas dispõe de currículo incrível, que inclui títulos mundiais nos ralis e vitória à geral nas 24 Horas de Le Mans. O A110 representa o regresso à ação do emblema criado em 1955, mais de duas décadas depois de saída de cena. A Renault, felizmente, não recuou no relançamento de marca que gere desde 1973. Criado por Antony Villain, inspirando-se no desenho original de Giovanni Michelotti (o italiano também trabalhou com marcas como Ferrari, Maserati, Lancia ou Triumph, por isso assinando muitos automóveis célebres das décadas de 1940, 1950 e 1960), o A110 recorda-nos o automóvel de 1962, mas é reinterpretação e não cópia, com os faróis duplos no , monograma Alpine e nervo no capot, ao centro, os farolins horizontais e, ainda, o óculo em vidro na traseira. Este Alpine não tem carroçaria em plástico, nem pesa apenas 706 kg, mas dispõe de construção em alumínio, motor muito mais fogoso que o de há 50 anos (no lançamento, 55 cv) e mantém as dimensões compactas (4,18 m em vez de 4,05) e a arquitetura de sempre, com motor central-posterior e tração traseira.
O A110 recupera todos os princípios na origem do prazer na condução do... A110! Este Première Edition com produção limitada a 1955 exemplares pesa 1103 kg, mas a massa apresenta-se bem repartida pelos eixos (44-56%), o que beneficia a dinâmica, que também ganha com o centro de gravidade baixo e a suspensão com triângulos duplos sobrepostos nos dois eixos. Somem-se-lhe a potência e a resistência do sistema de travagem da Brembo.
No Alpine A110, variante do motor do Mégane R.S. com 252 cv em vez de 280 cv. Mas, mais potência para quê?! Combinados com a tecnologia turbo, os 4,3 kg/cv garantem números incríveis. A caixa automática de 7 velocidades, de embraiagem dupla contribui para este resultado, devido ao funcionamento ótimo de sistema que inclui modo manual ativado sequencialmente em patilhas no volante. No botão Sport, seleção dos três programas de condução – a apresentação do painel de instrumentos, digital, muda em função do modo selecionado! Tocando-o duas vezes, ativa-se o Track, para (muita) liberdade de movimentos, onde desfrutamos da agilidade, estabilidade, precisão e capacidade de tração, sobretudo nas saídas das curvas.
No 370Z, instrumentos analógicos – curiosidade: o painel move-se solidariamente com a coluna da direção – e ausência de alternativas ao modo de condução acelerado! No Nissan, possibilidade de ativarmos programa que simula, automaticamente, o efeito de ponta-tacão, para subida de rotação durante as reduções, para menos peso deslocado para a frente do automóvel e travagem muito mais equilibrada, sem bloqueio de rodas.
O V6 3.7 atmosférico precisa de rotação para explodir... Espremendo-o, condução muitíssimo veloz e, sonoramente, impressiva.