Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Os modos de condução do S90 permitem ajustar propulsão, tração e direção ao gosto do utilizador ou de acordo com situações de condução Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 tem habitáculo com imagem minimalista e elegante e, tal como no BMW, ergonomia à prova de críticas Volvo S90 T8 PHEV R-Design Lindo seletor da caixa em cristal e muito originais botões para ligar/desligar o carro e para escolher os modos de condução Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo: carregamento entre 3 e 7 horas Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Bancos R-Design forrados a couro e alcantara são muito cómodos e ergonómicos; túnel central prejudica muito o lugar do meio Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Volvo S90 T8 PHEV R-Design Berlinas híbridas ‘plug-in’ do segmento médio-superior BMW 530e Em modo 100% elétrico, com bateria cheia, autonomia anunciada de 50 km; cerca de 30 (e sem abusos) será um valor mais fidedigno A instrumentação fornece todas as informações sobre qual o modo de condução que estamos a utilizar, bem como a autonomia elétrica BMW 530e BMW 530e O interior do BMW pauta-se por qualidade geral muito elevada e tem ergonomia exemplar BMW 530e BMW 530e BMW: modo ‘Charge’ da caixa repõe energia BMW 530e BMW 530e BMW 530e Espaço atrás amplo, mas também aqui o túnel central incomoda; arrumação das baterias sob os assentos rouba 120 litros à bagageira BMW 530e BMW 530e BMW 530e BMW 530e BMW 530e BMW 530e BMW 530e

Volvo S90 T8 PHEV R-Design vs BMW 530e

Rápidos e corretos

CONFRONTO

Por João da Silva 06-01-2019 09:00

Fotos: Gonçalo Martins

Se é verdade que muitos especialistas apontam os automóveis elétricos já como propostas viáveis em todas as realidades (urbana e para viagens de longo curso), outros há que consideram os híbridos a melhor solução nos tempos que correm. Concordamos com a segunda corrente de opinião, sobretudo quando em causa estão automóveis de preço já muito elevado, como é o caso de BMW 530e iPerformance e Volvo S90 T8 PHEV que aqui confrontamos.

No primeiro, encontramos solução que combina 4 cilindros a gasolina com 184 cv e unidade elétrica de 113 cv (252 cv e 420 Nm de binário no total), que garante prestações muito interessantes, como pode comprovar através das medições na ficha técnica. Sob o capot do BMW, há cérebro eletrónico, denominado eDrive, que gere (em conjunto com a transmissão automática Steptronic de 8 velocidades) a interação combinada entre os propulsores ou a intervenção separada de cada um deles, consoante as necessidades do momento de condução ou o desejo do condutor, que pode escolher entre moderar ou acelerar como se guiasse um verdadeiro desportivo. Sim, porque aceleração 0-100 km/h em 6,2 segundos não é cifra ao alcance de todas as berlinas desta envergadura. Mas atenção, o Volvo S90 faz melhor...

O automóvel sueco topo de gama cumpre o referido registo em 5,4 segundos, destacando-se ainda pelas recuperações muito rápidas (batendo de forma ainda mais clara o seu rival de ocasião). Estes registos devem, contudo, ser enquadrados com a explicação do sistema propulsor do Volvo, muito mais potente e com binário muito superior. Vejamos: o sistema híbrido plug-in do S90 articula 4 cilindros 2.0 Turbo a gasolina com 320 cv (e 400 Nm) a motor elétrico de 87 cv (240 Nm). A resposta do sistema depende sempre do programa de condução selecionado. São quatro: AWD (tração integral), Pure (100% elétrico), Hybrid (os motores trabalham em simultâneo ou separadamente dependendo das condições de condução, oferecendo a maior economia de funcionamento possível) e Power (os dois motores funcionam ao mesmo tempo, para melhores prestações). O S90 arranca por defeito no 3.º, garantindo maior eficácia e eficiência.

O 530e copia o Volvo no modo de arrancar, ou seja, fá-lo também em absoluto silêncio no modo Auto eDrive, que logo que se acelera um pouco mais otimiza o consumo com a gestão da carga existente nas referidas baterias de iões de lítio, sendo que a baixa velocidade e nas manobras de parque, a propulsão é quase sempre 100% elétrica e o motor térmico raramente é ativado, a não ser que não haja carga alguma das baterias ou se a pisadela no pedal do acelerador for exagerada, situação que também sucede no S90. Por outro lado, no BMW, é possível selecionar o modo MAX eDrive, forçando a condução zero emissões, ou seja, puramente elétrica.

De tudo isto resulta, em termos práticos, além das já referidas prestações, consumos médios simpáticos para tanto poder de fogo. O BMW ganha neste aspeto, com consumo final médio de 6,3 l/100 km, com o Volvo a registar 7,6. Mas atenção: as marcas reinvindicam autonomias em condução 100% elétrica muito otimistas, 50 km no 530e, 35 no S90. Na prática, e com algum tato no acelerador, BMW e Volvo ficam mais ou menos a par, ou seja, abaixo dos 30 km, sendo mais razoável apontar 25 como bitola para condução sem emissões. É pouco? Não nos parece, até porque as baterias vão recarregando com o andamento para, e pensamos que esta é a grande vantagem destes híbridos, dar uma ajuda ao motor térmico, quer nas prestações, quer nos consumos. Recordamos que se tratam de versões híbridas com possibilidade de recarga externa, uma opção demorada em ambos os casos, mais no Volvo (3 a 7 horas) do que no BMW (2h45 a 4 horas).

No S90, o conforto com prioridade sobre dinâmica, levando a melhor nesse particular em relação ao Série 5, mas isso não quer dizer que o automóvel sueco não seja dinamicamente competente, porque efetivamente é. E muito seguro também, não só porque o chassis tem qualidade elevada, e o sistema de tração integral dá uma ajuda acrescida em pisos traiçoeiros, mas também porque inclui de série diversos sistemas de apoio à condução, como o aviso de mudança de faixa, travagem automática, alerta de fadiga do condutor e Pilot Assist, sistema de condução semiautónoma que funciona a solo (pedindo por vezes intervenção do condutor) ou como auxiliar da condução.

O 530e tem tração traseira e nenhum dos sistemas de ajuda à condução que encontramos no Volvo, sendo preciso desembolsar 2950 € para pagar o pack Assistente de Condução Plus, que inclui os assistentes de ângulo morto e de faixa de rodagem e a travagem automática. Bom, mas nada disto belisca obviamente o desempenho dinâmico de excelência do Série 5, carro muito divertido de conduzir, com direção direta e comunicativa e chassis de reações honestas. E ainda por cima não é desconfortável. Sendo certo que não atinge o patamar de conforto do S90 – pensado para ser irrepreensível na filtragem de qualquer imperfeição do asfalto, o que consegue com jantes de 19” –, também é verdade que nunca acusa em demasia os buracos ou outras irregularidades com a transmissão de energia excessiva ao habitáculo. Gostámos da condução do Volvo, mas avaliámos o BMW com mais dois pontos na dinâmica porque sentimos o carro alemão mais fluido e leve nas transferências de peso em percursos sinuosos.

Não foi uma avaliação nada fácil. E nem se esperaria que fosse, obviamente, tendo em conta a enorme qualidade destes concorrentes do exclusivo segmento médio-superior, ambos servidos por bons sistemas híbridos plug-in, chassis muito competentes, habitáculos espaçosos e com qualidade muito acima da média. O Volvo S90 é o vencedor pela combinação de alguns fatores: bagageira maior, muito mais equipamento de segurança, conforto de rolamento superior e prestações inalcançáveis por parte do BMW 530e. A berlina alemã é, como se sabe, um produto de referência, que neste caso não acompanha as performances do S90 T8.

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Ficha Técnica

Características

VOLVO S90

T8 PHEV R Design

BMW Série 5

530e iPerformance

Motor térmico
Arquitetura 4 cilindros em linha 4 cilindros em linha
Capacidade 1969 cc 1998 cc
Alimentação Injeção direta, Turbo, Intercooler Injeção direta, Turbo, Intercooler
Distribuição 2 a.c.c./16v 2 a.c.c./16v
Potência 320 cv 184 cv/5000-6500 rpm
Binário 400 Nm 290 Nm/1350-4250 rpm
Motor elétrico
Tipo Síncrono Síncrono
Potência 87 cv 83 kW
Binário 240 Nm 250 Nm
Bateria Iões de lítio Iões de lítio
Capacidade da bateria 65 kWh -
Módulo Híbrido
Potência 407 cv 252 cv
Binário 240 Nm+400 Nm 420 Nm
Transmissão
Tração Integral permanente Traseira
Caixa de velocidades Automática de 8 velocidades Automática de 8 velocidades
Chassis
Suspensão F Ind. c/braços duplos Ind. c/ braços duplos
Suspensão T Eixo multibraços Eixo multibraços
Travões F/T Discos ventilados/Discos Discos ventilados
Direção/Diâmetro de viragem Elétrica/11,8 m Elétrica/12,05 m
Dimensões e Capacidades
Compr./Largura/Altura 4,963/1,879/1,443 m 4,936/1,868/1,483 m
Distância entre eixos 2,941 m 2,975 m
Mala 500 litros 410 litros
Depósito de combustível 50 litros 46 litros
Pneus F 8,5jx19-255/40 R19 7,5jx17-225/55 R17
Pneus T 8,5jx19-255/40 R19 7,5jx17-225/55 R17
Peso 2230 kg 1845 kg
Relação peso/potência 5,47 kg/cv 7,32 kg/cv
Prestações e consumos oficiais
Vel. máxima 250 km/h 235 km/h
Acel. 0-100 km/h 5,1 s 6,2 s
Consumo médio 2 l/100 km 1,9 l/100 km
Emissões de CO2 48 g/km 44 g/km
Garantias/Manutenção
Mecânica 2 anos sem limite km 5 anos sem limite de km
Pintura/Corrosão 3/12 anos 3/12 anos
Intervalos entre revisões 30000 km 30000 km
Imposto de circulação (IUC) 201,58 € 201,58 €

Medições

VOLVO

Acelerações
0-50 km/h 2,1 s
0-100 / 130 km/h 5,4 s
0-400 / 0-1000 m 13,6 s
Recuperações
40-80 km/h (D) 2,2 s
60-100 km/h (D) 3 s
80-120 km/h (D) 3,3 s
Travagem
100-0/50-0km/h 35,6/8,8 m
Consumos
Consumo médio 7,6 l/100km
Autonomia 657 km

Medições

BMW

Acelerações
0-50 km/h 2,1 s
0-100 / 130 km/h 6,2 s
0-400 / 0-1000 m 14,9 s
Recuperações
40-80 km/h (D) 3,1 s
60-100 km/h (D) 3,7 s
80-120 km/h (D) 4,3 s
Travagem
100-0/50-0km/h 35,4/8,8 m
Consumos
Consumo médio 6,3 l/100km
Autonomia 730 km