O Fiesta despede-se do catálogo europeu da marca da oval azul em 2023, mas este automóvel, atualizado muito recentemente, não tem falta de trunfos, incluindo versão do tipo “crossover” adaptada à procura dos formatos “aventureiros”.
Na renovação da atual geração do Fiesta (a 8.ª desde 1976), a Ford decidiu manter carroçaria inspirada nos crossovers, que batizou com nome próprio Active, precisamente para diferenciação dos demais membros da família. A primeira que testamos desde que a Ford confirmou o fim da carreira comercial do modelo, ao fim de 46 anos. O Ford Fiesta – em todas as suas declinações – deixará de ser produzido em junho de 2023, sem sucessão à vista.

Até lá, oportunidade ótima para adquirir compacto competente a preços de campanha (desconto de 12.5% sobre preço base: veículo e opções de fábrica), sobretudo contando-se com motor tão ‘geniquento’ como o 1.0 EcoBoost.
Sob o capot do Ford Fiesta Active X em teste, trunfo tecnológico no motor de três cilindros, turbo, aqui na derivação de 125 cv com funcionamento mild hybrid (que consiste num motor de arranque/gerador acionado por correia que substitui o alternador e permite que a energia elétrica gerada seja armazenada numa bateria adicional de 48 V), pouco percetível, mas que lhe permite obter consumos equilibrados e prestações mais convincentes.

Naturalmente, não deve contar-se com recuperações desportivas, porque 170 Nm não é energia abundante, mas com a adequação do regime de funcionamento ótimo do motor, beneficiando do automatismo da caixa de dupla embraiagem, a condução do utilitário de estilo aventureiro é animada.
A direção tem tato preciso e a suspensão revela firmeza ajustada a esse comportamento, mesmo elevada em 2 centímetros. A versão Active X, como o nome indica, está especialmente gizada para acrescentar mais alguma “ação” ao comum automóvel de segmento B, versatilidade que se esgota, porém, numa maior confiança para subir e descer passeios ou para atalhar caminhos com outro à vontade por estradões de terra batida. Sem tração integral, o Active X dispõe de programa de condução com três modos de condução (Eco, Normal e Sport), mais dois específicos para fora de estrada (Trilhos, Escorregadio). O programa intervém no funcionamento do controlo de tração e garante-nos alguma liberdade de movimentos, se circularmos sobre gravilha e terra, que limitam a aderência.

Some-se a ótima dotação de equipamento que assenta na bem recheada oferta da versão Active X, oferecendo de série várias ajudas eletrónicas à condução, entre a meia dúzia de elementos específicos do modelo, das barras no tejadilho aos frisos laterais em plástico reforçado que protegem a carroçaria dos (habituais) toques, eventuais pedradas ou perigos para quem se arrisca com carro por caminhos revoltos, e que lhe conferem toda aquela imagem de robusto jipezinho de cidade.
O preço da unidade ensaiada arranca nos 28.124 euros, a que se somam as seguintes opções: Pintura “Blue Metallic” (483 €), Tecto Panorâmico com abertura eléctrica (864 €), Jantes de Liga Leve de 18” (508 €); Pack Winter: Pára-brisas Quicklear; Bancos aquecidos; Volante aquecido (559 €); Pack Drive Plus: Sistema de Deteção de ângulo morto (BLIS), Sistema de aviso de saída de faixa; Controlo automático de velocidade adaptativo ACC (com transmissão automática. inclui Stop&Go)+ Assistência à pré-colisão + Reconhecimento de Sinais de Trânsito + Alerta ao condutor (305 €); Faróis LED (inclui luzes diurnas LED) 966 €.