A variante Coupé do Enyaq já está pronta e a gama adotará as versões Sportline e RS como novidades exclusivas da gama.
Apesar de bastante afetada pela guerra na Ucrânia - todas as atividades na Rússia foram interrompidas, assim como a produção nas fábricas de Kaluga (Octavia, Karoq e Kodiaq) e Nizhny Novgoro (Rapid) -, a marca checa não abdicou do lançamento do Enyaq Coupé, variante do SUV elétrico, automóvel pioneiro desta tecnologia de motorizações na Skoda. Produzido na unidade de Mladá Boleslav, perto de Praga, o Enyaq Coupé baseia-se na plataforma MEB do Grupo VW, que serve o modelo original que o antecedeu, mas estreando diversos componentes.

Entre as novidades destacam-se o tejadilho panorâmico em vidro escurecido (antirreflexo, sem cortina) e a iluminação na dianteira, designada por Crystal Face (opcional), que integra 131 luzes LED na grelha, na horizontal. Igualmente redesenhadas são as jantes (nas medidas de 19’’ a 21’’) e alguns equipamentos que pontificam no habitáculo também são novos, com realce para revestimentos mais sustentáveis produzidos a partir de materiais reciclados.
Como já se disse, a gama incluirá as versões mais desportivas Sportline e RS, esta última a estrear-se em modelos puramente elétricos. Sem surpresa, o Enyaq Coupé RS estará disponível apenas com a motorização mais potente e com tração integral, dotada de dois motores elétricos com um rendimento combinado de 299 cv (220 kW).

A partir de Grosseto, até Porto Ercole, na região da Toscânia, em Itália, conduzimos vários Enyaq Coupé iV (tanto na versão Sportline iV 80, de 204 cv, como na desportiva RS), confirmando-se as amplas qualidades dinâmicas e o conforto já reconhecidos à variante não-Coupé, a que se acrescentam (ainda) o coeficiente aerodinâmico otimizado (0,234 cd) e as autonomias superiores (até 540 km, segundo o ciclo WLTP, consoante a versão), além da eficiência melhorada, sendo possíveis consumos médios entre 16 kWh e 22 kWh/100 km (medidos neste ligeiro 'teste').
Na versão RS nota-se uma descarga efetiva da potência, demonstrada pelo disparo instantâneo ao nível das acelerações, e ainda mais se se ativar o modo Sport (entre os seis programas existentes). Nesta revela-se ainda maior equilíbrio dinâmico, bem patente nos movimentos controlados do chassis e da carroçaria, a par de uma gestão eficaz por parte do cérebro eletrónico que opera a intervenção da tração elétrica e dos dois motores (dianteiro assíncrono de 109 cv e o traseiro síncrono com 204 cv).

A velocidade máxima oficial é de 180 km/h, enquanto para as versões iV 60 (bateria de 62 kW/180 cv), iV 80 (204 cv) e iV 80x (265 cv), o valor anunciado pela marca é de 160 km/h.
Outros aspetos importantes residem na oferta mais ampla de equipamentos de conforto e ao nível do 'infotainment' e navegação, com a estreia de funções no 'Head-Up Display', onde surgem projeções holográficas (tipo realidade aumentada). As imagens no ecrã central (13’’) têm ótima definição, o que também se percebe quando as múltiplas câmaras de apoio ao estacionamento estão ativas. A ergonomia a bordo é outro dos fatores fortes deste Enyaq, mantendo-se a ótima posição de condução no 'cockpit'. O espaço atrás é amplo e pouco difere do da variante normal, ao mesmo tempo que a área de bagagens quase não foi afetada.

A aposta da Skoda na categoria SUV é assim ampliada com o Enyaq Coupé iV, que se posiciona acima do modelo original pela inerente exclusividade. Baseado na plataforma MEB do grupo VW, a mesma do ID.3, ID.4 e ID.5, por exemplo, o modelo propõe várias novidades e melhorias face ao original e, além da estética, a gama alarga-se através das versões desportivas (Sportline e RS) com equipamentos exclusivos e outras mais-valias. Perante tudo isto, o modelo custará, provavelmente, cerca de 8000 a 10.000 € acima dos outros Enyaq 'normais', consoante a versão.
Note-se que, até 2030, a Skoda lançará mais três automóveis 100% elétricos abaixo deste segmento, pretendendo ocupar o 'top' 5 das vendas na Europa.