Procurando-se Hyundai Tucson com caixa automática, evolução automática para a variante mais potente do recém introduzido motor 1.6 CRDi.
Com a atualização da gama do conhecido SUV da marca coreana, acima dos 116 cv da versão base do Tucson, existe este mais generoso derivativo com 136 cv, que surge associado apenas (e vice-versa) à transmissão automática de dupla embraiagem, de sete velocidades. Os preços do Tucson 1.6 CRDi 7DCT iniciam-se nos 36.155 € (equipamento Executive), custando esta mais equipada versão Premium 38.100 €, podendo subir até aos 39.385 € se tiver revestimentos em pele – mas se estes forem vermelhos ou cinzentos acrescentem-se ainda 650 €.

Se na anterior geração Tucson a versão equivalente utilizava a unidade 1.7 CRDi de 141 cv, a descida para os 136 cv não inclui défice de performances. Antes, sim, muito se ganhando na suavidade de reações e na forma mais silenciosa com que o motor acelera: as subidas de regimes são agora mais lineares na resposta ao acelerador. A caixa automática interage bem com a disponibilidade do motor, articulando-se com a generosa oferta de binário (320 Nm), embora o 1.6 CRDi precise alcançar as 2000 rpm para o débito do mesmo. Assim, poderão sentir-se algumas situações em que a eletrónica da caixa parece não querer desmultiplicar tão cedo como o esperado, como que não acreditando na energia da mecânica nos regimes mais baixos. Mas a prova de que não deveriam existir esses medos está na possibilidade do condutor poder realizar trocas manuais-sequenciais no seletor (não existem patilhas no volante), antecipando as desmultiplicações, com a transmissão a aguentar regimes de 1500 rpm.
As trocas são maioritariamente lestas e acertadas, como que reforçando o lado mais refinado (e, simultaneamente, mais despachada) desta versão, com a caixa automática a permitir fluidez e serenidade suplementar no trânsito citadino e nas manobras de estacionamento – às dimensões exteriores, além da presença de útil câmara traseira e sensor de parque atrás, faz falta aviso de aproximação na dianteira. Com esta atualização total do Tucson, em paralelo com a importante revisão mecânica, o interior foi totalmente revisto e ergonomicamente melhorado, com a inclusão de novo monitor central tátil de 8’’, saliente no topo do tablier, agora bem mais à mão do condutor e com manuseamento operacional mais intuitivo de todo o sistema de infoentretenimento, que no nível de equipamento Premium inclui navegação com imagens 3D.

A adequação tecnológica aos mais recentes requisitos dos utilizadores modernos abrange a presença de carregador indutivo das baterias de smartphones (se preparados para tal) e espelho do telemóvel através das aplicações Android Auto e Apple Car Play. O interior do Tucson, além de contar com qualidade de fabrico acima de qualquer suspeita, é palco de generoso ambiente familiar, com muitos centímetros úteis para acolher passageiros no banco traseiro e, acima de tudo, ampla sensação de espaço, com muita luminosidade a bordo.
A bagageira é igualmente ampla, embora a tampa seja algo pesada de operar, e de não existir passagem entre habitáculo e mala além do habitual esquema de rebatimento 60:40. Versatilidade possível de melhorar...
Face a versão com nível de equipamento equivalente da variante de 116 cv e caixa manual, este Tucson 1.6 CRDi de 136 cv e caixa automática de dupla embraiagem (de sete velocidades) é 3210 € mais caro. Investimento ainda algo avultado, mas que além da inclusão da referida transmissão que muito pacifica a interação do Tucson com a vida urbana, soma visível melhoria das performances, com superior facilidade de manutenção de velocidades elevadas.