Amantes de desporto motorizado, em particular de MotoGP, encontrarão semelhanças na ‘carenagem’ deste Abarth com as motos de Rossi e Viñales, os pilotos da equipa Monster Energy Yamaha na temporada 2020. Parceria que dá vida a esta série especial do 595 limitada a apenas 2000 unidades.

Este azulinho é um dos 2000 exemplares que a Abarth preparou para a série especial que assinala a parceria entre a marca italiana de automóveis e o fabricante de motos japonês Yamaha, vestindo o 595 com as cores da equipa oficial Monster Energy Yamaha, que alinhou na época finda de MotoGP com motos pilotadas por Valentino Rossi e Maverick Viñales.
Todos os exemplares estão devidamente identificados por placa colocada no interior, na zona do túnel central (embora sem numeração sequencial), sendo possível optar por carroçaria fechada ou cabrio (caso da unidade testada) e caixa manual ou automática.
Os preços começam nos 27.530 €. Desta série limitada (mais uma a juntar a tantas outras a que esta carroçaria baseada no Fiat 500 tão bem se presta), além do jogo de cores exteriores tirado a papel químico das Yamaha MotoGP YZR-M1 de 2020, sobressaem os logos da Yamaha e a garra verde característica da Monster nas portas e capot, e nos encostos de cabeça das baquets em tecido que animam o habitáculo. Nem sequer falta alusão às empresas parceiras na imagem inicial da animação do sistema multimédia Uconnect no monitor tátil de 7’’ (compatível com AppleCarPlay ou Android Auto para smarphone) que surge assim que se roda a chave na ignição .

O azul serve também para decorar os bancos e marca presença com cor contraste do preto brilhante que reveste grande parte do tablier. Pedais desportivos de acabamento metálico e marcação de zona central do volante são outros pequenos pormenores que ajudam a alimentar a sede por performance e a vontade de emergir em qualquer competição motorizada ao volante deste pequeno endiabrado.
Mas há todo um outro mundo, além da imagem, que corrobora a razão de ser destes 595, permitindo que saiam da esfera de carro de Barbie que paira sobre o original 500, para se tornarem em objetos de desejo de dinamismo e condução desportiva. A esta série especial não faltam amortecedores Koni com amortecimento seletivo de frequência (não confundir com sistema de amortecimento variável) e escape Record Monza, cujas quatro saídas estão afinadas para uma sonoridade grave ao ralenti e nas pequenas manobras – onde é também um prazer ouvir o silvar do turbo – para depois se exaltarem (qual moto de competição!) quando acionado o modo de condução Sport! Na verdade, só com este modo ativo o pequeno 595 solta os anunciados 230 Nm de binário, o que muito contribui para uma reviravolta sensorial, já que a direção ganha peso e o acelerador passa a ter resposta bem mais reativa.

Depois, vem o despertar de sensações que conjugam velocidade com sonoridade e uma ligação muito umbilical do eixo dianteiro e de toda a carroçaria, marcada por curta distância entre eixos e baixo peso, para definir a agilidade dinâmica. Outro trunfo apreciado nesta série especial é o sistema de travagem a cargo de quatro discos perfurados, cuja consistência e resistência permite explorar a enorme disponibilidade da (gastadora) mecânica 1.4 turbo, que mesmo com vários anos no ativo parece ter acabado de ingerir uma lata de Monster a cada aceleração!
Se o Fiat 500 se presta a personalizações, o irmão mais irrequieto da Abarth tem sido foco de diversas séries especiais capazes de alimentar o culto de modelo já com muitos anos no ativo. Esta assinala a ligação entre Abarth e Yamaha com elementos de exclusividade que tornam ainda mais especial este autêntico brinquedo de gente graúda, cuja sonoridade mecânica promove os efeitos das performances proporcionadas por 165 cv com pouco mais de 1000 kg de peso.