O piloto português participou na apresentação do WTCR, mas não trabalhou no Honda Civic Type R da Boutsen Ginion no Prólogo da Taça do Mundo de Turismos, no Circuito da Catalunha, em Barcelona, Espanha. Monteiro interrompeu os tratamentos em Boca Raton, na Florida, EUA, para o lançamento do campeonato com início confirmado para 7 e 8 de abril, com três corridas em Marraquexe, Marrocos, regressando à América do Norte após o evento, não participando no dia de testes, para ‘acelerar’ a recuperação e o regresso à competição.

Monteiro encontra-se fora de combate desde setembro do ano passado, após acidente violento na Catalunha, durante testes ao Honda Civic WTCC, que quase colocava ponto final na carreira do piloto portuense, de 41 pontos. Então, Tiago estava na liderança de campeonato que terminaria em 10.º, a 83,5 pontos do campeão Thed Bjork, em Volvo, depois de falhar as quatro etapas finais da temporada, (China, Japão, Macau e Qatar)… Como o piloto da Honda ainda não está a 100%, temporariamente, ás belga de 18 anos no WTCR da Boutsen Ginion Racing: Benjamin Lessennes, campeão do TCR Benelux em 2017.

Monteiro, como piloto da equipa belga e embaixador da Honda não deixará de marcar presença na etapa marroquina do calendário do WTCR, onde ganhou corrida do WTCC o ano passado. «Depois do acidente, não existia sequer a certeza de poder regressar à minha vida normal, de poder levar os meus filhos à escola. Esse ponto está superado e, agora, o foco encontra-se no regresso à competição… É impossível prever quando, mas esse momento está cada vez mais próximo», disse-nos Monteiro em Barcelona.

Tiago, durante sete longos meses de recuperação, com tratamentos entre as 8h00 e as 20h00, muitas vezes dolorosos. «O meu estado era horrível. Tinha 85% de estrabismo, não conseguia ver, era incapaz de ingerir alimentados, andava mal…! Mas, são 20 anos de carreira. Nunca pensei abandonar a competição e fá-lo-ei só se não ficar a 100%., se não poder apresentar-me em forma, capaz de lutar por vitórias. A hipótese é remota e estou otimista», explica Monteiro, que recorreu a médicos habituados a trabalhar com pilotos do NASCAR, onde concussões cerebrais e traumatismos cranianos são comuns.