Na Córsega das «10.000 curvas», 4.ª etapa do Mundial de Ralis, com o asfalto da ilha depois do gelo e da neve no Monte Carlo e na Suécia – muitíssimo mais no segundo do que no primeiro… Sébastien Loeb realiza a 2.º das três provas planeadas com a Citroën para 2018, procurando o 5.º êxito na «Volta», depois dos triunfos em 2005, 2006, 2007 e 2008. Com o compatriota Bernard Darniche, o piloto de 44 anos possui recorde excecional: ganhou todas as especiais! Conseguiu-o em 2005, enquanto Darniche, ainda o proprietário do maior número de vitórias na competição (seis), fê-lo em 1970.

Loeb apresentou-se no México sem competir no WRC desde o Monte Carlo-2015, mas o piloto mais bem-sucedido na história do campeonato, com nove títulos, não revelou falta de ritmo, chegando até a passar pela liderança, que perdeu apenas após furo. Na Córsega, o francês tem vantagem adicional no rali com quartel-general em Bastia: 63% do percurso é novo, o que coloca o piloto do C3 quase em igualdade de circunstâncias com os rivais, incluindo o parceiro de equipa, Kris Meeke.

Na edição 61 da Volta à Córsega, amanhã na estrada, 12 especiais arrumadas em três etapas e 1120,10 km, incluindo 333,48 km ao cronómetro. Em 2017, vitória de Thierry Neuville, em Hyundai (o belga repetiu triunfo de 2011, então em Peugeot 207 S2000, quando a prova integrava o IRC), com Sébastien Ogier em 2.º, a 54,7 s. O pentacampeão do Mundo – e líder do Mundial, com 56 pontos, mais quatro do que o rival… – tem 42 vitórias no WRC, mas venceu na ilha apenas em 2016, em VW Polo R.

Na Córsega, estradas estreitas entre montanhas e… abismos, que terminam nas águas do Mediterrâneo, asfaltos abrasivos e duros muito desgastantes para os pneus e notas determinantes para prevenção de erros penalizadores. Os WRC apresentar-se-ão com suspensões baixas, configuração potenciadora da agilidade e da estabilidade. A prova não arrancava de Bastia desde 1995, visita o Cap Corse pela 1.ª vez desde 1995 e está no calendário do Mundial desde 2015, após ausência no período 2009-2014 – a regra da rotatividade no campeonato deixou-a de fora em 2009, colocando ponto final numa série longa, de 1973 a 2008; depois, de 2010 a 2014, Rali de França na Alsácia.