Nesta primeira atualização do Kodiaq, a Skoda focou-se em aprimorar detalhes e em refinar tecnologicamente o seu grande SUV de 7 lugares, mantendo a essência prática que lhe corre nas veias. Em que não poderia faltar versão Sportline, com o toque e os equipamentos desportivos que têm conquistado os corações de quem procura algo mais que um SUV familiar.
Procurando-se SUV de 7 lugares abaixo de 50 mil euros, será difícil encontrar modelo tão completo e competente como o Skoda Kodiaq. É grande sem ser gigante para utilizar no quotidiano, é extremamente espaçoso para cinco ocupantes e bagagens (entre 650 e 850 litros, mediante o posicionamento dos bancos da segunda fila) e acrescenta a possibilidade de levar mais dois passageiros numa terceira fila de bancos escamoteável. E com esta (ligeiríssima) revisão da gama, a marca checa reforçou a imagem e os compêndios tecnológicos que ajudam a manter o Kodiaq atualizado face à concorrência.

Não será fácil encontrar diferenças face ao original de 2017, sendo preciso atentar nas óticas agora um pouco mais estreitas e no género de iluminação LED, à frente e atrás, com esta versão Sportline servida por tecnologia LED adaptativa na (excelente) gestão de zonas e alcance a iluminar na transição entre médios e máximos, e dotada de grupos traseiros com piscas dinâmicos. As jantes antracite de 19’’ conjugam-se com os acabamentos exteriores em preto brilhante, em particular na generosa grelha dianteira, capas de retrovisores e moldura dos vidros laterais, sendo estes escurecidos.
A Skoda poderia ter ido um pouco mais além na atualização do interior, uma vez que não mexeu em painéis do tablier ou das portas, apenas retocando superfícies e introduzindo novos sistemas de infoentretenimento. Os bancos desportivos e os acabamentos em Alcantara são dos elementos que mais saltam à vista e que melhor dignificam a assinatura desportiva Sportline. As autênticas poltronas dianteiras são do tipo bacquet e possuem ajustes elétricos e a posição de condução só não consegue um cariz mais desportivo devido ao posicionamento do volante, ligeiramente horizontal. Os acabamentos no tablier e portas a imitar carbono compõem o ramalhete desportivo e as costuras no tablier contribuem para a boa sensação qualitativa, o mesmo se passando com o revestimento aveludado no interior das bolsas nas portas. À noite, o habitáculo ganha vida com a iluminação LED nas zonas inferiores, mas seria bem-vinda uma iluminação mais forte a partir do teto. O volante em pele perfurada tem um novo design e inclui agora comandos rotativos para navegar entre as diversas funções, informações e vistas possíveis de apurar no completíssimo painel de instrumentos digital, de ótima resolução gráfica. O menu das ajudas à condução tem botão dedicado e de acesso direto também a partir do volante.

O sistema multimédia base com sistema de navegação tem agora ecrã tátil de 8’’ (em vez das anteriores 6,5’’) e é extremamente acessível (menos vanguardista, mas mais intuitivo e prático de utilizar face às mais recentes criações que o Grupo VW tem introduzido em novos modelos…), com botão rotativo para controlo do volume, teclas de atalho para os principais menus e botões virtuais grandes e afastados entre si que ajudam a toques certeiros e minimizando o desvio de olhar da estrada. Não faltam aplicações multimédia, conexão à Internet, emparelhamento sem fios para smartphone através das plataformas Android Auto e Apple CarPlay e controlo do veículo à distância pela aplicação MySkoda.
A ampla sensação de espaço é uma constante a bordo, com o Kodiaq a preservar qualidades de monovolume, como os amplos e diversos locais de arrumo (sem esquecer a presença do chapéu de chuva na porta do condutor) e os diversos ajustes dos bancos da fila do meio, passível de serem regulados em comprimento e no ângulo das costas. O acesso à terceira fila é algo estreito e lá atrás só crianças irão encontrar a melhor comodidade para viagens mais longas. Havendo necessidade, o Kodiaq reserva um espaço sob o piso da mala para colocar a chapeleira. A tampa da mala, sendo pesada, merece bem o investimento no opcional sistema de abertura elétrico.

Face ao processo de simplificação da gama de motores Diesel, ficou apenas este 2.0 TDI de 150 cv associado à caixa automática DSG de sete velocidades, com resposta ao acelerador possível de modelar através dos programas de modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual). No mais ecológico, é realmente necessário pressionar o acelerador mais a fundo para o 2.0 TDI responder com o vigor esperado, principalmente nos arranques. Em Sport o Kodiaq ganha um sentido mais imediato, em particular pela distinta e bem calibrada resposta da direção, sempre muito consistente e a contribuir para a sensação de segurança e estabilidade em todo o género de estrada. A correta atitude dinâmica não faz concessões ao conforto, aliado à sensação de robusteza à passagem por todo o género de pisos, mesmo nesta definição mais desportiva com jantes de 19’’.
Preço: 44.473 €
Equipamento opcional da unidade testada:
Pintura Metalizada Azul Race: 540 €