Aquele que é o SUV mais vendido no Mundo – já ultrapassou as 10 milhões de unidades transacionadas desde a primeira geração – está agora disponível em versão híbrida Plug-In, sendo o segundo modelo da gama Toyota a adotar tal solução, depois do Prius.

Na base técnica está a mecânica 2.5 a gasolina (embora mais potente, de 185 cv, e otimizada para o conceito PHEV) que já anima a versão híbrida convencional do RAV4, surgindo aqui associada a dois motores elétricos, um por eixo (182 cv à frente e 54 cv atrás), o que permite configurar uma solução de tração integral, o que representa acréscimo de versatilidade de utilização enquanto SUV. O rendimento máximo combinado atinge os 306 cv e 510 Nm de binário. O conjunto elétrico é alimentado por uma bateria de iões de lítio de 18,1 kWh de capacidade que demora 7h30 a carregar numa tomada doméstica, embora o carregador de bordo admita uma potência de até 6,6 kW – onde a bateria fica totalmente carregada em menos de 3 horas numa wallbox caseira ou num posto público.
A arquitetura técnica é gerida por quatro modos de propulsão (100% elétrico, híbrido, forçar o carregamento da bateria ou então uma gestão autónoma e otimizada via eletrónica do módulo híbrido) e pode ser explorada por intermédio de quatro modos de condução (Eco, Normal, Sport e Trail, com este último a forçar a ação da tração integral).

Neste primeiro contacto dinâmico, verificámos que, por defeito, o RAV4 Plug-In desperta sempre em modo EV e pode alcançar os 135 km/h sem ligar o motor a gasolina. E com autonomia elétrica homologada em ciclo WLTP de 75 km (com a Toyota a reivindicar 98 km se a condução for puramente em ambiente urbano), e desde que inicie a jornada com a bateria carregada, este SUV poderá cobrir a maioria das deslocações diárias sem ligar o motor 2.5 a gasolina. Nós usámo-lo num percurso de cerca de 70 km em que 50 dos quais foram em ritmo de autoestrada (ou seja, o pior cenário possível para a eficiência das propulsões elétricas) e o RAV4 percorreu 68 em modo puramente elétrico, feito interessante. O silêncio e o conforto a bordo são a tónica dominante, numa condução que se quer maioritariamente serena – esta versão não nasceu para grandes aventuras dinâmicas ou desportivas em curva, embora o conjunto motriz evidencie toda a sua potência nas acelerações.

O RAV4 é dos mais práticos e espaçosos SUV do seu segmento, tanto para ocupantes como para bagagens (520 litros). Por modernizar continua o grafismo e a navegabilidade (nem sempre intuitiva) das várias funções e ajustes permitidos quer através do painel de instrumentos digital (7’’), quer do monitor tátil de 9’’ colocado no topo do tablier e que centraliza o módulo multimédia. Destaque, ainda, para o circuito de ar condicionado com bomba de calor de modo a garantir o máximo conforto térmico no habitáculo mesmo quando o veículo circula apenas com propulsão elétrica e para o facto do RAV4 PHEV ser o primeiro modelo da Toyota a permitir controlo remoto de algumas funções do veículo através da aplicação MyT – caso da definição dos períodos de carregamento da bateria ou da pré climatização do habitáculo.
Gama e preços em Portugal | TOYOTA RAV4 PLUG-IN |
RAV4 PHEV Comfort | 54.990 € (44.707 € s/IVA) |
RAV4 PHEV Square Collection | 57.690 € (46.902 € s/IVA) |
RAV4 PHEV Premium | 60.990 € (49.585 € s/IVA) |
RAV4 PHEV Lounge | 61.990 € (50.398 € s/IVA) |
Esta solução PHEV do RAV4 está nitidamente direcionada para o mercado das empresas, desfrutando dos benefícios fiscais atualmente em vigor para veículos Plug-In, caso da dedução do IVA e taxa reduzida de tributação autónoma (17,5%). Em termos de custo de aquisição e desvalorização ao longo do tempo, a versão puramente híbrida continuará a ser mais interessante do ponto de vista do cliente particular.