É o terceiro automóvel desportivo global da Gazoo Racing, somando-se ao Supra e ao Yaris, e tem disponibilidade na Europa limitada no tempo. No substituto do GT86, a capacidade e o rendimento do motor aumentam e as qualidades da caixa e do chassis apresentam-se ainda mais otimizadas.
A eletrificação (velocíssima!) do automóvel, garante-o a Toyota, não impõe ponto final na produção de desportivos, mesmo se essa determinação exige abordagem nova a conceito automóvel que mantém número muito importante de fãs, independentemente da localização geográfica. O GT86 desenvolvido com a Subaru e introduzido na Europa em 2012 suprimiu lacuna na gama de marca com história relevante numa categoria que vale mais pela promoção da imagem do que pelos números das vendas.

No 10.º aniversário do GT86, atualização muito mais importante que a de 2017, ano da primeira modernização do desportivo com 4 lugares, motor dianteiro e tração às rodas traseiras, desde logo por surgir na Europa com saída de cena programada para março de 2024. Logo, pela frente, pouco mais de ano e meio de carreira. Mas, para o adeus ao Velho Continente, conta com mão cheia de argumentos novos!
O GT86 muda de nome para GR86, designação que remete para a Gazoo Racing, entidade responsável pelos programas desportivos da Toyota, campeã do WRC e do WEC (em 2022, 5.ª vitória consecutiva na corrida mais mediática do Mundial de Resistência, as 24 Horas de Le Mans...) e vencedora do Dakar de 2022! O motor atmosférico sob o capot é novo: mantém os 4 cilindros e a arquitetura boxer, mas tem 2,4 litros de capacidade em vez de 2.0. A mudança garante-lhe aumentos na potência (34 cv) e no binário (45 Nm). No primeiro caso, 234 cv disponíveis apenas às 7000 rpm, muito pouco antes do corte da injeção. No segundo, 250 Nm às 3700 rpm, o que garante mais poder de fogo nos baixos regimes, qualidade que não encontrávamos no antecessor, que libertava os 205 Nm somente entre as 6400 e as 6600 rpm. Progresso com (muito) impacto na condução!

O aumento de rendimento reflete-se nas performances, com o GR86 mais rápido no arranque 0-100 km/h do que o GT86: para a versão com caixa manual, a Toyota reivindica 6,3 s – menos 1,3 s! Porém, a velocidade máxima mantém-se: 226 km/h. Em opção, caixa automática: selecionando-a, carro menos veloz (respetivamente, 6,9 s e 216 km/h).
No frente a frente com o GT86, mais mudanças. Para melhorar a rigidez (crescimento de 50% somente na torsional), a equipa que otimizou a fórmula alterou até as dimensões do desportivo, registando-se crescimentos de 25 mm no comprimento, 5 mm na distância entre eixos e 20 mm na largura do eixo traseiro. O peso aumentou 48 kg, mesmo recorrendo-se a mais materiais leves, nomeadamente a alumínio, mas as vantagens da intervenção, que também reposicionou o centro de gravidade do automóvel, baixando-o, são muito maiores do que as desvantagens.

O GR86 mantém-se com o cartão de visita de «carro analógico para a era digital», mas é ainda mais ágil, equilibrado e preciso do que o GT86. E também beneficiou de otimização da caixa manual, que tem escalonamento novo e comando com engrenagem veloz. Agora, aceleração mais progressiva/suave e potente. Em complemento, melhorias no sistema de escape, conseguindo-se aumento de rendimento sublinhado pelo melhor desempenho tanto ao nível da sonoridade como das vibrações. Em resumo, dinamicamente, máquina divertidíssima de conduzir – e sob controlo mesmo nos limites da aderência, muito amplos até em pista.