O nome i7 designa a versão de topo nova do ‘navio-almirante’ da BMW. Aos 45 anos de carreira, em vez de mecânicas térmicas, esta berlina luxuosa, potente, silenciosa e veloz tem motor(es) elétrico(s). Rivais: Mercedes EQS e Porsche Taycan. Ao volante.
A BMW, com a geração nova do Série 7, a 7.ª em 45 anos, inicia era ainda mais ambiciosa no segmento do luxo. A marca alemã não renuncia à imagem desportiva diferenciadora entre a elite, mas apresenta-se na categoria com argumentos novos, necessários para rivalizar com Mercedes e Classe S, respetivamente, fabricante e automóvel de referência numa franja de mercado com importância para a imagem e a rentabilidade.

O Série 7 representou sempre o poder de inovação da BMW. Atualmente, o construtor prepara a produção da unidade número 2 milhões do navio-almirante. Este topo de gama luxuoso e requintado vende-se globalmente, mas a Europa representa apenas 9% do bolo. China e EUA são os mercados prioritários, com o primeiro a destacar-se pela capacidade de conquistar clientes muito mais novos (média etária de 38 anos, contra mais de 50 nas outras regiões…).
No desenvolvimento do G70, designação interna do Série 7 novo, estratégia diferente das rivais Mercedes (Classe S e EQS) e Porsche (Panamera e Taycan), que privilegiaram a conceção de plataformas específicas para os elétricos que posicionam no topo da gama, como alternativa às berlinas com motorizações de combustão interna e híbridas Plug-In. A marca da hélice, aproveitando a versatilidade da arquitetura CLAR, decidiu-se por fórmula menos complexa: base igual para todas as versões.

Complementarmente, para manutenção da coerência concetual, Série 7 e i7 partilham desenho e dimensões. Comparado com a variante XXL do antecessor, o automóvel novo é muito maior – mais 13 cm em comprimento e 5 cm em altura e largura.
O Série 7, pela 1.ª vez, tem proposta elétrica. O adversário do Mercedes EQS 580 4Matic (523 cv, 673 km de autonomia, 159.049 €) tem estreia em Portugal prevista para abril de 2023. No xDrive60, bateria de iões de lítio com 101,7 kWh de capacidade para alimentar os motores nos dois eixos (259 cv no dianteiro, 313 cv no traseiro), configuração na origem da disponibilidade de tração integral permanente. Este sistema rende o máximo de 544 cv. Na gama, não encontramos versão mais potente!
A bateria aumenta sobremaneira o pe- so, mas a condução do i7, devido às capacidades excecionais desta 5.ª geração da tecnologia eDrive ressente-se pouco. Confirma-a resposta instantânea ao acelerador, como acontece na generalidade dos elétricos, devido à disponibilidade instantânea dos 745 Nm. A dinâmica surpreende pela positiva, com rodas traseiras direcionais e muitos outros recursos técnicos e tecnológicos a participarem no aumento da precisão e na diminuição dos impactos negativos das transferências de massa em curva. Agilidade e estabilidade direcional impressionam quase tanto como o conforto e a suavidade de rolamento proporcionados pela suspensão com amortecedores eletrónicos e molas pneumáticas.

O i7 acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 s e tem velocidade máxima limitada a 240 km/h. A BMW reivindica até 521 km de autonomia entre recargas da bateria e compromete-se com consumos entre 18,4 a 19,6 kWh, segundo o protocolo de homologação WLTP. No percurso de teste na região de Palm Springs, na Califórnia (EUA), registámos menos de 21 kWh/100 km, registo ótimo, considerando o que exigimos do sistema.
O carregamento da bateria do i7, de 10 a 100%, demora cerca de 5.30 horas, recorrendo-se a terminal de carga com 22 kW de potência. Encontrando-se carregador rápido (máximo de 195 kW), de 10 a 80% da capacidade de armazenamento no acumulador de energia recuperada em 34 minutos!
Preço (maio de 2023)
BMW i7 xDrive60: desde 150.850 €