Desde o lançamento da 1.ª geração do Jazz (fez 20 anos!), a Honda vendeu mais de oito milhões de unidades do utilitário em todo o mundo – mais de 20 mil só no nosso país –, pelo que se percebe facilmente a importância deste automóvel para o fabricante japonês, que tudo faz para o manter afinado contra a concorrência direta, em constante frenesim e renovação, seja com atualizações ligeiras da imagem e muito pontuais upgrades de conteúdos, ou através do lançamento de edições especiais.
Entre as novidades, a nova versão Advance Sport - disponível numa nova cor exclusiva, Urban Gray - incorpora um acabamento único ao nível design do para-choques dianteiro, uma grelha desportiva, bem como espelhos pretos brilhantes e jantes de liga leve únicas de 16".
No interior, a versão Advance Sport beneficia de melhorias específicas que reforçam a sensação desportiva premium do mais recente Honda Jazz e:HEV. Os bancos têm um acabamento único com estofos em camurça sintética preta e couro sintético cinzento, um novo volante de três raios, e apoio central de braço com um acabamento exclusivo com um pesponto amarelo contrastante.
Motorização híbrida otimizada
Um dos pontos altos desta atualização do Jazz é a otimização da mecânica híbrida autorrecarregável da família e:HEV. Mantendo o eficiente bloco 4 cilindros de 1.5 litros de capacidade, as melhorias introduzidas permitiram ganho de 9 cv na potência (para um agora total de 107 cv), com esta mecânica a trabalhar em parceria com motor elétrico de 122 cv, também este alvo de mexidas que fizeram a potência pular 14 cv. E são precisamente esses 122 cv que a Honda anuncia como potência máxima para o Jazz – para os modelos híbridos, a marca nipónica comunica sempre a potência do motor elétrico como o valor máximo do conjunto híbrido.
A acompanhar o upgrade mecânico híbrido está uma também atualizada gestão eletrónica para a transmissão do tipo CVT (variação contínua), agora com preocupações em transmitir superior serenidade de ação em condução quotidiana.
Nos trajetos urbanos, o sistema privilegia os modos EV Drive e Hybrid Drive; o modo Engine Drive está projetado para velocidades mais elevadas, ajudado por um pico de potência do motor elétrico para uma aceleração mais rápida. Combinando-os, consumo médio de 4 litros/100 km, sem se ‘arrastar’ em nenhum tipo de percurso.
Dinâmica afinada
Resumindo, o conforto, a robustez e o bom comportamento do motor a gasolina com hibridização (que podia ser menos audível não fosse o arrasto causado pelo funcionamento da caixa automática e-CVT de velocidade única) são trunfos do Jazz, que continua a ombrear sem desafinar com as melhores referências da categoria. Há margem para progredir na qualidade dos materiais que compõem o interior com muitos plásticos rijos e é ‘curta’ a dotação de série.
Mas o Jazz continua a surpreender pelo habitáculo extraordinariamente amplo para um automóvel com menos de quatro metros de comprimento – nos lugares traseiros, por exemplo, a distância para os encostos da frente chega aos 75 centímetros, equiparável a um modelo familiar dois segmentos mais acima. Depois, elogios também à capacidade da bagageira (304 litros), mas mais ao conjunto de possibilidades de aproveitamento do espaço face aos esquemas de rebatimento dos bancos traseiros, os quais rebatem totalmente (divisão 60:40, com o piso de carga a ficar totalmente plano, oferecendo bagageira com volumetria de 1205 litros) e os assentos também podem ser fixados na vertical aos encostos, de modo a transportar objetos de maior altura. O encosto do passageiro da frente também pode ser totalmente reclinado de forma a criar uma espécie de sofá-cama, sendo apenas necessário retirar o apoio de cabeça para o encaixar à base dos assentos traseiros.