A atual revisão da gama i30 não é acentuada, embora haja diferenças ao nível do design, equipamentos e motores. Essas mudanças permitem que o modelo mantenha uma posição competitiva no segmento, até porque se trata de um automóvel bem construído, confortável e com dinâmica equilibrada. Acresce como argumento forte a garantia geral da Hyundai de 7 anos sem limite de quilómetros, a que se junta o equipamento desta versão Style Plus (desde 26.415 €), que agrega alguns elementos interessantes, tais como jantes em liga leve de 16'', chave inteligente com botão de ignição, ecrã tátil principal de 8'' com Apple Carplay e Android Auto, travão de mão elétrico, câmara e sensores traseiros, ar condicionado automático (duas zonas) e limpa para-brisas de ativação automática, entre outros itens. A pintura metalizada é proposta por 430 € e, neste caso, está em vigor uma campanha de financiamento específica, ficando o preço nos 25.290 € (ou seja, menos 1125 €).

Trata-se do mesmo automóvel lançado em 2017 – com 'restyling' em 2020 –, e as modificações efetuadas centraram-se tanto na variante de 5 portas, como nas restantes carroaçrias, fastback e carrinha: novos para-choques, jantes redesenhadas, grelha mais larga, faróis LED e mais cores de carroçaria. No habitáculo regista-se a inclusão de forros e tecidos diferentes, inclusive nos bancos e no teto, assim como a possibilidade de novos revestimentos no tablier e nos painéis das portas, neste caso para as versões mais equipadas, além de instrumentação com ecrã de 7'' (Supervision Cluster), onde surgem os dados do computador, assim como monitor central tátil de 8''.
O interior é amplo e funcional, sendo possível elogiar a volumetria da bagageira (395 litros) e o acesso prático a essa zona, com o piso bem forrado. Na 2.ª fila, o espaço para as pernas dos passageiros é muito satisfatório, sendo o lugar central menos confortável devido ao formato demasiado vertical do encosto.

A motorização 1.0 TGDi em causa (três cilindros, gasolina, 120 cv) revela prestações discretas (ver ficha), mas o funcionamento é muito equilibrado e suave, tendo consumos moderados. Nos andamentos mais tranquilos, as médias alcançadas apontam valores a partir de 5,4 a 5,7 litros por cada 100 km (às vezes menos), registando-se depois intervalos regulares desde 6,3 l/100 km e até 7,1 l/100 km. O mais normal é essa aferição colocar-se no patamar dos 6 litros/100 km, até porque o escalonamento mais longo das últimas relações da transmissão manual está ajustado para esse efeito. A condução é facilitada pela leveza da assistência da direção e pelo engrenamento preciso da caixa de velocidades, a não exigirem esforço.

O comportamento dinâmico é outro trunfo, pautando-se pelo equilíbrio, mesmo sem impressionar, contando-se com uma suspensão confortável, sem firmeza exagerada nos asfaltos irregulares. O ruído de rolamento não é elevado – pneus Michelin Primacy4 205/55 R16 – e o isolamento do habitáculo está num nível consentâneo com a categoria. O desempenho em curva é normal, sem evasivas, sendo aceitável que os critérios definidos estejam mais orientados para o conforto. Quando se conduz depressa nota-se a menor precisão da direção, aí com uma resposta mais lenta. Quanto às travagens, todas as solicitações são bem resolvidas, sem perda de eficácia nos momentos mais intensos, como se comprova na medição efetuada a partir dos 100 km/h: 36,6 metros.
Em síntese, um i30 com muitas qualidades e que continua a sustentar a ambição da marca no respetivo segmento – integrando também ajudas à condução de vanguarda, como o sistema de aviso de saída faixa de rodagem (com correção), travagem automática de emergência (detetando ciclistas, por exemplo) e o invulgar alerta de arranque do veículo que esteja à nossa frente numa fila de trânsito ou num semáforo. Um automóvel justo, com um valor acrescido na versão Style Plus.