A BMW selecionou Circuito do Estoril e autoestradas e estradas na região de Lisboa para a estreia dinâmica do novo M5, versão de topo da 6.ª geração do Série 5.
Na berlina desportiva com introdução no mercado nacional programada para o princípio da primavera, por cerca de 150.000 €, motor de 8 cilindros e 4,4 litros que combina injeção direta e sobrealimentação biturbo, de 600 cv, com caixa automática de 8 velocidades e sistema de quatro rodas motrizes adaptado às características da divisão desportiva do fabricante de Munique, que sempre privilegiou a tração traseira.
O motor é a mesmo da versão Competition Edition da geração precedente da berlina, preservando o nível de potência, mas diferenciando-se pelo aumento da pressão da injeção, substituição da sobrealimentação, sistemas novos de lubrificação, refrigeração e escape (é mais leve e emite som à medida do estatuto da berlina, excitante e inebriante).
0-100 km/h em 3,4 s e 350 km/h
Pressionando o comando que desperta o V8, quatro rodas motrizes e controlo de estabilidade ativos. Nos menus do monitor de bordo, hipótese de seleção do modo 4WD Sport, que privilegia o envio de energia para as rodas traseiras e solta, muito ligeiramente, o eixo posterior, emprestando suplemento de emoção à condução. Procurando- se mais e melhor M5, programa 2WD desliga o eixo dianteiro e muda a atuação da eletrónica de apoio à condução, tornando-a menos intrusiva.
O sistema funciona otimamente quer na estrada, quer em pista, com a vectorização do binário no eixo posterior, de série, a otimizar a repartição da energia entre as rodas traseiras, assim garantindo mais tração, beneficiando agilidade, estabilidade, precisão e segurança.
As performances são melhores, com 0-100 km/h em 3,4 s, contra os 3,9 s declarados para o modelo precedente. Em contrapartida, mesmo sem agravamento do peso, aumento do consumo médio, de 9,9 l/100 km para 10,5 litros. Investindo-se no pacote M Driver, mudança relevante na limitação da velocidade, com 305 km/h em vez de 250 km/h.
Caixa Steptronic
A caixa automática, em contrapartida, tem conversor de binário e 8 velocidades em vez da tecnologia de embraiagem dupla e das 7 relações que encontrávamos no antecessor. Nos dois casos, programa manual-sequencial controlado sequencialmente em patilhas no volante e controlo de arranque (Launch Control). A novidade mais importante no M5 é o recurso a sistema de tração integral desenvolvido pela M a partir da tecnologia xDrive da BMW.
A caixa M Steptronic tem três programas de funcionamento automáticos, incluindo função ‘S’ que admite reduções, mas não permite a passagem autónoma de relação para cima, nem mesmo no limite da rotação do V8. O modo de funcionamento favorito pode memorizar-se no menu de bordo e selecionar-se nos comandos vermelhos M1 e M2 no volante, onde o condutor pode combinar dois conjuntos de parâmetros personalizado, da rapidez de resposta do motor aos movimentos no pedal do acelerador à firmeza do amortecimento (três opções: Comfort, Sport e Sport Plus), do tato da direção à informação projetada no Head-Up Display, no para-brisas.
Quase ‘baquets’
O condutor do M5 instala-se excecionalmente em banco com desenho (muito) desportivo, com apoios excecionais, regulações elétricas, revestimentos em pele e função de memória. O equipamento é completo, a apresentação sofisticada e a qualidade acima da média, características mínimas em berlina com preço na ordem dos 150.000 €.
Dinamicamente, máquina formidável, possibilidade de reduzirmos e aumentarmos o grau de dificuldade na condução, muito mais exigente no modo 2WD. Os travões de série têm discos fabricados em materiais compósitos e combinam potência e resistência à fadiga. Entre os opcionais, sistema carbocerâmico.