A quota de mercado dos Sport Utility Vehicles (SUV), na Europa, nas vendas de viaturas novas, atingiu o pico de 33,3% durante o passado mês de abril (em 2015, o formato representava apenas 21,4% das matrículas no Velho Continente!), com os topos de gama cada vez mais relevantes, principalmente entre as marcas premium. A BMW, no final da década de 1990, reagiu a movimento da Mercedes-Benz: em 1999, para rivalizar com o Classe M apresentado em 1997, introdução do X5, modelo equipado com muitos recursos técnicos e tecnológicos importados do Range Rover, devido ao facto de a Land Rover, à época, integrar o portefólio do consórcio industrial alemão (depois, a Ford comprou-a em 2006 e, em 2008, vendeu-a à Tata).

Para a BMW, o X5 representou, igualmente, o início de aventura industrial na América do Norte, com produção numa fábrica nova em Greer, subúrbio de Spartanburg, no estado da Carolina do Sul, nos EUA. A infraestrutura, operacional desde 1994 – no início da atividade, produção do Série 3 e do Z3 –, é a maior do fabricante, com recorde de 411.171 viaturas em 2016. Após investimento na ordem dos 1000 milhões de euros, unidade preparada para 450.000 automóveis por ano, cerca de 1900 por dia, entre X3, X4, X5, X6 ou X7, topo de gama na rampa de lançamento.
Spartanburg é o centro de produção da gama X e, consequência do êxito do formato SUV, posicionou-se no topo da lista das fábricas da BMW. Brevemente, nas linhas de montagem da unidade norte-americana, três modelos novos: X4, X5 e X7. Se o 1.º está a chegar (tem estreia comercial no mercado nacional prevista para julho), o segundo ficará disponível só a partir de novembro e o 3.º tem introdução confirmada apenas para março de 2019… Os Sport Activity Vehicles (SAV) são cada vez mais relevantes para as contas do fabricante de Munique: o ano passado, X1, X2, X3, X4, X5 e X6 representaram mais de 700.000 matrículas, com as vendas da família a acelerarem 9,6%, na comparação com 2016, enquanto o número total de registos da marca progrediu mais moderadamente (4,2%), para 2.082.283 automóveis. Como a geração nova do X3 foi introduzida em novembro, sublinhe-se...
Plataforma CLAR
Na 4.ª geração do patriarca da família SAV da BMW, introduzido dois anos depois do Classe M da Mercedes (1997), encontramos a plataforma CLAR estreada pelos alemães em 2015, no G11 e no G12 (designações internas das duas carroçarias do topo de gama Série 7, atualmente na 6.ª geração). A arquitetura técnica caracteriza-se pela construção com materiais que permitem combinar mais rigidez com menos peso, características que influenciam, positivamente, tanto a dinâmica, como o conforto de rolamento e a eficiência (leia-se redução de consumos de combustível e emissões de gases de escape). Nesta base, aço, alumínio e alguma fibra de carbono. Comparado com o modelo que substitui, o F15 de 2014, o novo X5 é muito maior. O comprimento aumentou 36 mm, a largura 66 mm e a altura 19 mm. Entre eixos, existem mais 42 mm. Consequentemente, capacidade da mala e habitabilidade progrediram. A digitalização do SAV regista-se, por exemplo, no equipamento, que privilegia a personalização, como o mercado exige, com duas linhas de acabamentos (xLine e M Sport) e componentes exclusivos com a etiqueta da Individual. Entre as atrações, painel de instrumentos de 12,3’’, a cores e reconfigurável, e sistema iDrive modernizado para controlo mais intuitivo das principais funções de bordo. Inclui monitor de 12,3’’ e admite comando gestual, tátil ou vocal.

No X5 novo, tração integral inteligente (na prática, em condições normais, o sistema aciona apenas as rodas posteriores, ação que também gera economia de combustível) e autoblocante eletrónico traseiro para otimização da aderência, agilidade e estabilidade em aceleração, em curva. O SAV é o 1.º «X» com pacote Off-Road entre os opcionais, que inclui suspensão pneumática, proteções inferiores específicas à frente e atrás e, também, informações e menus exclusivos no painel e no monitor central. O condutor dispõe de quatro modos de ação adicionais, que modificam a altura ao solo, a atuação do xDrive ou do controlo de estabilidade e as respostas de caixa e motor (Areia, Pedra, Cascalho, Neve).
De série, na 4.ª geração do X5, amortecimento variável (DDC). Complementarmente, entre as tecnologias para chassis disponíveis pela 1.ª vez na gama «X», suspensão pneumática (altura ao solo variável até 80 mm), quatro rodas direcionais e suspensão adaptativa M com barras estabilizadoras ativas para anulação dos movimentos da carroçaria em curva. Também entre os opcionais, 3.ª fila com dois bancos dissimulados no piso da mala e portão elétrico.