Na Kia, depois da venda de mais de 350.000 exemplares do original, geração 2 do Niro, compacto (muito) importante para o sucesso de estratégia de crescimento ambiciosa, por democratizar o acesso às tecnologias da eletrificação. Na gama, duas motorizações: HEV com 141 cv e EV com 204 cv. Primeiras impressões de condução.

A Kia posiciona-se no topo da tabela das marcas com crescimentos mais expressivos na Europa, consequência positiva da adaptação da gama às exigências e necessidades dos clientes. Essa capacidade explica o êxito do Niro, que somou mais de 350.000 unidades vendidas na 1.ª geração, no mercado a partir 2016. Agora, apresenta-se edição nova do compacto, que mantém os predicados da antecessora, nomeadamente o reconhecimento da diversidade dos ritmos, facto na origem da disponibilidade do modelo como HEV, PHEV e EV.
O Niro estreia na Europa a geração 3 da plataforma K, arquitetura técnica que combina leveza e rigidez. Visualmente, o compacto novo não tem só imagem mais moderna do que o antecessor. No frente a frente com o automóvel que substitui, o novo também é maior nas dimensões exteriores: o comprimento progride de 4,355 m para 4,420 m e a distância entre eixos de 2,700 m para 2,720 m. E estes centímetros a mais refletem-se, muito positivamente, na habitabilidade e na capacidade da mala. Comparando-se só as versões HEV, 451 a 1445 litros na nova, contra os 410 a 1408 litros na original. E o piso móvel assegura mais versatilidade, por admitir duas posições em altura de fixação da plataforma.

O Niro tem imagem expressiva, qualidade importante, por assegurar-lhe diferenciação na paisagem automóvel – admite-se a personalização dos pilares C e prometem-se até 32 combinações cromáticas para a pintura da carroçaria. A apresentação do habitáculo é consistente com a do exterior. O painel de bordo recorda-nos o EV6, com o Dual Display estreado pela marca no elétrico – monitores de 10,25’’ para instrumentação e multimédia. Soma-se o Head-Up Display com 10’’ de área de projeção de informações no para-brisas.
A Kia também investiu no aumento da perceção de qualidade do Niro. Na prática, a predisposição expressa-se nos materiais e na montagem, com a substituição de muitas superfícies plásticas medianas por revestimentos agradáveis à imagem e ao toque. A apresentação e o equipamento dependem do nível de acabamentos/equipamentos, ao contrário do posicionamento no volante do seletor para a escolha dos programas de condução ou do comando rotativo na consola entre os bancos dianteiros para o controlo da caixa.

Na versão HEV do Niro, mecânica de 1,6 litros a gasolina (105 cv), máquina elétrica (44 cv), bateria com 1,3 kWh de capacidade e caixa automática de 6 velocidades que tem a particularidade de não contar com marcha-atrás (esta função também é realizada de forma elétrica). As patilhas no volante, no programa de condução Sport, permitem comando manual da caixa. No Eco, recorrendo-se às mesmíssimas ferramentas, aumenta-se ou diminui-se o nível de regeneração de energias durante as desacelerações e travagens.
Finalmente, o HEV também tem programa de condução novo. Chama-se Greenzone, baseia-se nas informações da navegação e ativa o motor elétrico sempre que o Kia circula próximo de zonas residenciais, escolas ou hospitais, por exemplo. E o condutor também pode selecionar pontos específicos no percurso para parar o funcionamento da mecânica térmica, mas a funcionalidade está dependente da disponibilidade de energia na bateria.
Também dinamicamente, nota positiva para este Niro. A potência do motor não é elevada e o eixo dianteiro coloca-a na estrada sem problemas. A condução é confortável e precisa q.b., devido à qualidade de chassis com direção, suspensão e travões capazes. Elogios, ainda, para o equipamento de série, completo, incluindo no capítulo das assistências à condução.