A alteração de hábitos de condução penalizadores do consumo de combustível para práticas que promovem a economia não é constrangedora do prazer de guiar. Pode ser mesmo uma interessante experiência lúdica. E os gastos poderão baixar até um terço.
Parte 1: Técnicas ao volante
-Não é necessário aquecer o motor antes de iniciar a marcha do veículo. Após ligar a ignição, arrancar, passando rapidamente para a 2.ª velocidade.
-Utilizar o acelerador com suavidade. Evitar acelerações que elevem o regime do motor das 2000 rpm. Em trajetos citadinos, ganhos de apenas 2,5 minutos por cada hora provocam aumento de combustível até 37%.
-Não ultrapassar 2500-3000 rpm em motores Diesel e 3000 rpm nos a gasolina. A partir destes regimes, o consumo será muito maior. Logo que possível, passar de relação de caixa (para as mais elevadas).
-Evitar meter a caixa de velocidades em ponto morto ou em neutro (caixa automática). Além de ser um risco para a segurança, o motor vai consumir mais ao ralenti que em funcionamento, porque numa descida o motor corta a injeção ou fornecimento de combustível. O motor trava o automóvel, sem consumir qualquer combustível. Sempre que possível, retirar o pé do acelerador e deixar o carro rolar com a caixa de velocidade engrenada, porque assim corta-se a admissão de combustível e consome-se zero.
-Moderar a velocidade: por cada 10 km/h acima dos 100 km/h, a eficiência no consumo de combustível baixa 10%.
-Manter a velocidade estabilizada, por exemplo, em autoestrada, ajuda a poupar. Como para tal também contribui acelerar suavemente ou prevenir desacelerações bruscas, antecipando os movimentos do trânsito à frente. Guardar uma distânciaampla para o veículo precedente é uma boa estratégia.
-Não desligue o sistema start-stop do motor nas viaturas que disponham daquele dispositivo economizador. Nas que não o têm, os veículos menos modernos, e quando se prevê uma imobilização durante mais de 30 segundos, desligue-se o motor. Dez segundos ao ralenti consomem mais combustível do que o arranque do motor. Em dez minutos, o gasto médio atinge pouco menos de 0,3 litros.
-Não usar o regulador de velocidade de cruzeiro (cruise control) em percursos com muitas subidas, sobretudo longas e de declives acentuados ou com o tráfego intenso. Ao invés, o recurso aquele dispositivo é proveitoso em trajetos com relevo plano ou muito pouco acidentado, por manter automaticamente a velocidade estabilizada.
-Observar as indicações do computador de bordo do veículo para os momentos de passagem de caixa ideais (geralmente uma seta para cima ou para baixo e/ou o número da mudança recomendada). O respeito por aquelas indicações permite poupar até 10% de combustível. No computador de bordo deverá controlar-se, amiúde, o consumo médio (e o instantâneo) aferir a eficiência económica da condução.
-Deslocações curtas, inferiores a 5 km, são mais gastadoras e poluentes porque o motor e o sistema de controlo de emissões não chegam a atingir a temperatura ideal de funcionamento.